Alô!
Domingo, 10 de Março de 2024, vai ao ar A 96ª Cerimônia do Oscar, e eu resolvi assistir aos 10 Indicados a Melhor Filme e falar (não tão) brevemente sobre cada um listando minha ordem de preferência, começando pelo que menos gostei.
Longe de ser um expert, sou apenas um cara que gosta de assistir filmes e espera um dia poder trabalhar com cinema também. Esta lista pode ter mudado dentro da minha no momento em que você lê este texto e ela nunca vai ter a prepotência de ser parâmetro ou regra pra qualquer coisa.
Discorda? Tá tudo bem. Vamos só ver os filmes, conversar sobre eles. É isso que importa. Escolhe um aí, assiste, me diz o que acha.
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10. Maestro (Bradley Cooper)

Bradley Cooper continua sua busca incessante por um Oscar entregando tudo o que a Academia gosta: grandes personalidades estadunidenses ligadas à música, veneração à Era de Ouro de Hollywood e intensas transformações físicas. Maestro nos apresenta, ou ao menos deveria, a Leonard Bernstein, que além de conceituado compositor e pianista, foi o primeiro regente norte-americano a conquistar prestígio internacional, tendo o feito ainda muito jovem.
Apoiado em uma ótima fotografia que se aparta do óbvio e uma direção de arte detalhista e extremamente competente, Cooper, que além de um bom ator, é um bom diretor, parece ter feito o que foi possível considerando um fator que em casos como este, pode ser bastante limitante: o aval da família.
Maestro é mais preocupado em celebrar o legado e a personalidade de maneira amigável do que realmente mostrar quem foi Bernstein; tanto que passadas as duas horas e dez minutos, pouco se entende sobre quem era o artista de fato. Algumas cenas excelentes de condução e do processo criativo de Bernstein estão lá, mas são exceções de um resto predominante que cria questões que não parecem impactar os envolvidos ou a trama. A vida amorosa de Bernstein é bastante explorada, mas a relação com a esposa, a conceituadíssima cantora e atriz Felicia Montealegre, não parece afetá-los como sugere a urgência em se documentar a vida de personalidades tão icônicas. A obstrução presumivelmente causada pelo crivo dos descendentes do músico inclusive afeta o sublime trabalho de Carrey Mulligan, já que os esforços da esposa em ser o ponto de equilíbrio para uma figura tão ebuliente deixam de poder ser retratados em favor de uma maior palatabilidade.
Tecnicamente, trata-se de um filme impecável, não é porque ocupa o último lugar da lista que falta em qualidade, e sem dúvida vale a sessão. Entretanto, a provocação artística tão defendida e vivida em sinceridade pelo Maestro tão bem encarnado por Cooper, acaba sendo diminuída a meras brasas.
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9. American Fiction (Cord Jefferson)

Jeffrey Wright interpreta Thelonious “Monk” Ellison, um professor universitário de Los Angeles que também administra uma carreira como escritor. Embora seus livros recebam grande apreço da crítica, nunca venderam bem. Seu último manuscrito coleciona rejeições por “não ser uma história negra o suficiente”, e ele ainda é afastado do trabalho devido a desentendimentos com diversos alunos.
De volta à sua cidade natal, Boston, Monk conduz uma palestra num festival literário que recebe um interesse praticamente nulo, e é então que ele percebe o sucesso de Sintara Golden (Issa Rae), escritora negra que carrega suas obras com os estereótipos que o mercado pede.
Num acesso de descontentamento, Monk escreve um romance repleto de clichês e o envia aos editores como forma de protesto, e é então que passam a despencar propostas milionárias de publicação.
A ótima atuação de Jeffrey Wright retrata uma ascendente indignação por parte de Monk, que não consegue acreditar que quando mais ele exagera, mais apreciação do mercado ele recebe. Sem dúvidas, esta é uma importante discussão proposta pelo filme, que escancara o modo como executivos e o mercado do entretenimento em geral tratam qualquer tipo de arte puramente como números. Numa época onde fãs de franquias não conseguem entender decisões que cancelam séries de pequeno ou
médio porte, por exemplo, a consciência de que o expectador cada vez mais é pura e simplesmente uma estatística é cada vez mais necessária.
O modo como os agentes literários tratam o artista é revoltante, pois incute que o próprio criador da obra não tem ideia do que está fazendo, e se permitem até cometer diferentes níveis de racismo; um triste fato que, cada vez mais, se torna a regra geral.
O elenco de American Fiction é extremamente bem entrosado, e além de Jeffrey Wright, que garantiu uma indicação ao Oscar de Melhor Ator com sua atuação irônica e provocativa, a estupenda performance de Sterling K. Brown como Cliff, irmão de Monk, lhe garantiu um lugar na corrida pelo prêmio de Melhor Ator Coadjuvante.
Recomendo, assim como os outros filmes desta lista, que seja assistido do início ao fim.
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8. Barbie (Greta Gerwig)

Mais um dia em Barbieland. Tudo parecia normal com carros coloridos transitando pelas ruas cor de rosa, Barbies se cumprimentando, tomando banhos sem água e comendo comida de mentira. Festa com trilha original de Dua Lipa? Temos também. Entretanto, toda a fantasia desmorona quando a Barbie Estereotipada, interpretada por Margot Robbie, se vê tendo pensamentos sobre morte. As reações são quase como se uma bomba atômica tivesse sido detonada.
Barbie Estereotipada recorre a ajuda de Barbie Estranha, que a incumbe com a responsabilidade de buscar, no mundo real, a criança que brincava com ela e lhe ajudar com suas aflições. Neste ponto da trama, já é completamente óbvio que não se trata de um filme da Sessão da Tarde como muitos esperavam, embora algumas orelhas acerca da profundidade do filme já tenham se levantado quando Greta Gerwig foi confirmada como diretora e co-roteirista.
Comédia, drama, musical, inúmeros gêneros são contemplados na aventura da boneca e caracterizam diferentes momentos da vida, deixando ainda um espaço considerável para tratar do poder mercadológico da marca, já que no filme, o conceito de que Barbie é uma boneca e que há uma garota brincando com ela é estabelecido desde o início através de uma excelente direção de arte, que encontrou soluções deveras eficazes sobre como representar um mundo de brincadeira.
Usando o Ken de Ryan Gosling como ponto de partida, inúmeras e hilárias iscas são jogadas, e todas elas se apinham de reclamações por conta de quem só se ofende enquanto se reconhece como o objeto da sátira. Tais comportamentos ocasionaram acrobáticas ginásticas mentais afim de taxar o filme até mesmo como uma ameaça à família e a sociedade.
Uma das coisas mais difíceis de se entender aqui, é a ausência de Greta Gerwig na seleção de indicados à Melhor Direção.
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7. Os Rejeitados (Alexander Payne)

É Natal, e os alunos da Barton Academy se preparam para voltar para casa no feriado. Apesar disso, cinco deles são obrigados a permanecer na instituição por diferentes razões. O teimoso e desagradável professor Hunham, magistralmente interpretado por Paul Giamatti, acaba sendo a figura pedagógica responsabilizada por passar o feriado com os garotos. Cria-se então um clima bastante desagradável, até que o pai de um dos estudantes os convida para uma estação de ski. O docente coleta a permissão dos
responsáveis e viabiliza a viagem, entretanto, os pais de Angus Tully (Dominic Sessa) não respondem aos chamados e o filho é impedido de ir, se vendo obrigado a permanecer na Barton junto do professor Hunham e de Mary Lamb, a supervisora de cozinha brilhantemente vivida por Da’Vine Joy Randolph, que assim como Hunham e Angus, se sente em uma lacuna.
Com uma excelente ambientação do início dos anos 1970 e um humor bastante leve e condizente com a época, Os Rejeitados constrói aos poucos uma relação entre os três e traça semelhanças e diferenças ao passo que respeito, compreensão, e admiração mútuas desabrocham. É um daqueles filmes podem fazer rir e chorar ao mesmo tempo, enquanto a sua vontade de ser a quarta pessoa daquele grupo só aumenta.
A trilha sonora original de Mark Orton cria um ambiente acolhedor e se entremeia perfeitamente com as canções selecionadas de artistas como The Temptations, Allman Brothers e Cat Stevens.
Para os apreciadores e entusiastas da escrita, os diálogos de Os Rejeitados são um show à parte devido à sua naturalidade e desenvolvimento profundo dos personagens.
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6. Anatomia de Uma Queda (Justine Triet)

Representante francês na corrida das premiações de 2024, o longa escrito e dirigido por Justine Triet acompanha a investigação acerca da morte de Samuel, que perdeu a vida ao cair do sótão de casa. Sandra, sua esposa, é a principal suspeita na hipótese do homicídio, pois era a única pessoa que se encontrava no local no momento do ocorrido. Daniel, o filho do casal, que encontra o pai sem vida ao voltar de um passeio com o cachorro Snoop, é a única testemunha.
Bastante sóbrio e por vezes até conscientemente inexpressivo, Anatomia de Uma Queda não quer que baseemos nossas conclusões nas reações de outros personagens ou do júri, e o faz isolando os depoentes na tela.
Conforme o julgamento avança, descobrimos novas camadas de Sandra e Samuel enquanto indivíduos, bem como de sua relação, que podem alterar nossa percepção sobre a verdade. Aqui, nem tudo é o que parece, nem mesmo o mistério em si. Constantemente, expectativas são quebradas e diferentes sentimentos são trazidos à tona.
Em meio a diálogos complexos que acontecem em francês e inglês, inúmeros interlocutores e situações distintas, a atuação de Sandra Hüller, indicada ao prêmio de Melhor Atriz, é um dos grandes destaques que permitem a narrativa transitar por todos os caminhos a que se propõe de maneira bastante convincente e comovente.
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5. Vidas Passadas (Celine Song)

Um jovem e apegado casal de amigos da Coréia do Sul se vê obrigado a cortar relações quando Na Young (Greta Lee) conta que vai se mudar para o Canadá com a família. Anos mais tarde, Hae Sung (Teo Yoo) busca pela amiga no Facebook e ela resolve respondê-lo. A partir daí, antigas conexões, lembranças e questionamentos voltam à tona. Mais tempo se vai, e cada vez mais suas vidas se transformam e se distanciam. Entretanto, o encontro se torna inevitável e acontece em Nova York, cidade onde agora Na Young reside com seu
marido.
Calmo e contemplativo, Vidas Passadas elegantemente deixa perguntas no ar e nos dá espaço para pensar sobre respostas que talvez sequer existam. Inevitavelmente, diversos tipos de memória serão evocados. Na Young, agora chamada Nora, é uma escritora totalmente habituada à correria da icônica metrópole, enquanto Hae Sung, que sequer fala inglês, é um discreto engenheiro; dois mundos riquíssimos e muito bem explorados através dos detalhes. Arthur (John Magaro), o dócil marido de Na Young, também se torna peça central nas ponderações que vão te fazer investir horas a fio pensando em seus outros eu.
Se você deixa algo para trás, você também ganha alguma coisa…
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4. Oppenheimer (Christopher Nolan)

Baseado no livro O Prometeu Americano, Nolan assina roteiro e direção do longa que aborda a vida de Robert Oppenheimer, o pai da bomba atômica. A exímia atuação de Cillian Murphy por vezes nos faz esquecer que estamos olhando para o eterno Peaky Blinder enquanto nos transporta para dentro da cabeça do físico e apresenta sua maneira de enxergar as coisas. Ver Robert Downey Jr. longe das amarras dos saturados filmes de herói também é bastante revitalizante e lhe faz justiça à alegações de que todas as suas atuações refletem Tony Stark.
Lidando com diversas questões pessoais, o resultado das ações de Oppenheimer também é explorado de maneira bastante cognitiva, incitando uma reflexão sobre como o desenvolvimento da ciência é invariavelmente revertido em aniquilação, e que muitos não só estão contentes com isso, como celebram e são condecorados por tal. Décadas de história são contadas com agilidade e servem de ponto de largada para uma maior pesquisa sobre a Segunda Guerra Mundial e o Projeto Manhattan como um
todo. Por fim, o grandioso trabalho de som a excelente trilha sonora de Ludwig Göransson são destaques que nos ajudam a entender a magnitude dos eventos narrados.
O formato IMAX 70mm deixa o filme imenso e potencializa a narrativa, que busca nos colocar dentro da mente da figura título. Um extenso segmento do longa se passa em tribunais, e tanto acusações quanto celebrações nos fazem entender como Oppenheimer encarou o fruto de seus feitos. Emily Blunt, Florence Pugh, Matt Damon, Jason Clarke, Ben Safdie, Gary Oldman e inúmeras outras estrelas
compõem de forma brilhante o universo que impacta o Prometeu Americano.
Prometeu roubou o fogo dos deuses e o deu aos homens. Por isso, foi acorrentado a uma pedra e torturado por toda a eternidade.
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3. Assassinos da Lua das Flores (Martin Scorsese)

O mais novo trabalho do lendário Martin Scorsese adapta o livro de mesmo nome escrito por David Grann, que aborda a cadeia de eventos que culminou na criação do Federal Bureau of Investigation, o FBI. Trata-se de uma série de assassinatos brutais de indígenas Osage, no centro-oeste estadunidense dos anos 1920.
Logo após o fim da Primeira Guerra Mundial, Ernest Burkhart, vivido por um Leonardo DiCaprio que cada vez mais parece abdicar do protagonismo padrão em favor de desafios, retorna ao estado de Oklahoma para viver na reserva de seu tio, William Hale (Robert DeNiro).
Nas polêmicas 3h30 de filme, não acompanhamos apenas crime e investigação, mas também o desejo de poder alimentando uma crescente maldade que subjuga e acaba com famílias inteiras, povos e tenta enterrar culturas utilizando-se de todo tipo de violência e exploração. De discretos envenenamentos a execuções à bala em plena luz do dia, o massacre dos Osage se intensificou cada vez mais, motivados não só por ganância, mas também por preconceito. Para contexto, a Nação Osage comandava um pedaço de terra abundante em petróleo.
Por muitas vezes, a trilha sonora é apenas uma música ambiente repetitiva que coroa as atuações, movimentos de câmera e roteiro com uma tensão crescente e severamente desesperadora.
Robert DeNiro e Leonardo DiCaprio mostram mais uma vez porque são escolhas habituais de Scorsese, mas é Lily Gladstone quem domina absolutamente tudo como Mollie Kyle. Sua atuação contida possui um turbilhão de emoções no olhar. Ela intimida, sofre, comanda, protege, enfrenta, ama, tudo intensamente. É impossível não olhar para ela em qualquer momento em que ela esteja em tela, ou se
surpreender com o modo como profere poucas palavras e diz tanto. Uma peça absolutamente central na história.
Como o longa mostra eventos e pessoas reais, Osages estiveram presentes durante todo o desenvolvimento do filme e supervisionaram a produção como um todo, inclusive a escalação de Gladstone, indígena Blackfoot. Scorsese é lacração? Vale observar ainda que existe espaço para uma requintada reflexão sobre a cultura da espetacularização do crime.
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2. Pobres Criaturas (Yorgos Lanthimos)

Com uma boa dose da bizarrice já esperada nas obras do realizador grego, Pobres Criaturas testemunha a excepcional atuação de Emma Stone no papel de Bella Baxter, resultado do experimento que o médico Godwin Baxter (Willem Dafoe) conduziu ao flagrar o suicídio de uma mulher grávida. Ao perceber que o bebê ainda vivia no ventre da mãe morta, implantou o cérebro da criança no corpo de sua genitora e o reanimou.
Ao longo de uma grande aventura, Bella é exposta às regras da sociedade enquanto descobre e explora diferentes sensações. A discrepância entre sua idade física e mental, ao mesmo tempo que gera situações de extremo desconforto, também alimenta seus questionamentos acerca dessas regras e de quem às impõe, a fazendo criar uma maciça consciência emocional.
A maneira como a direção de arte acompanha a narrativa e o sofisticadíssimo uso de diferentes lentes, enquadramentos e colorizações fazem de cada frame de Pobres Criaturas uma obra de arte. Além de Emma Stone, Mark Ruffalo e Willem Dafoe entregam atuações extremamente afiadas. O mesmo vale para Christopher Abbott, que mesmo com um tempo de tela bem reduzido, consegue deixar uma grande marca no longa.
A direção de arte é estupenda e recria capitais famosas dentro do contexto da fantasia exótica de Lanthimos, com enorme destaque para os figurinos de Bella, que refletem a riqueza de uma personagem tão surpreendente. Todos os elementos em tela dialogam intimamente com a história, fortalecendo suas menagens enquanto parecem dançar com a trilha sonora transfigurativa de Jerskin Fendrix.
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1. Zona de Interesse (Jonathan Glazer)

Adaptação do livro de mesmo nome, o assustador filme de Jonathan Glazer retrata o dia a dia da família de Rudolf Höss, oficial da Alemanha Nazista que dirigia o Campo de Concentração de Auschwitz.
Quando se fala em filmes sobre Segunda Guerra Mundial, seja abordando o combate em si, Campos de Concentração ou Nazismo, existe uma ideia pré-concebida sobre como os horrores do período são apresentados. Entretanto, em Zona de Interesse a coisa muda, e muito, de figura.
Höss e sua família residiam ao lado do Campo de Concentração, separados de todas as práticas hediondas do Regime Nazista apenas por um muro cinza, mas levavam uma vida trivial, e é justamente neste adjetivo que mora todo o impacto do longa. Ver uma família dividir uma casa colorida com uma bela plantação de frutas, legumes e verduras, toda ornamentada por flores e um cachorro brincalhão a apenas alguns metros de algumas das ações mais atrozes da humanidade gera sensações tão absurdas que sequer podem ser descritas. Não estranhe se você experienciar até mesmo uma bizarra sensação física de fraqueza.
A direção bota o expectador numa posição de observador cuja presença não inibe em nada a ação dos personagens. Os atores quase sempre sendo enquadrados de longe, e diversos objetos atrapalham nossa visão propositalmente. Prestando atenção aos detalhes, ocasionalmente se ouvem tiros, ou se vê a fumaça das chaminés e dos trens que traziam mais vítimas, tudo sempre de relance, exigindo prontidão dos olhos e ouvidos. Tecnicalidades dos assassinatos em massa são tratados com uma naturalidade que assusta, e só tende a piorar quando nos damos conta de como a banalização que circunda tais feitos tem, cada vez mais, voltado à tona nos dias de hoje e feito parte de opiniões populares como algo completamente normal, tornando-se inerente ao conceito do tal cidadão de bem.
O refinado uso das cores na fotografia, a trilha sonora, os sons ambientes, tudo possui parte importante na história e na evocação das perturbadoras emoções que este filme causa.
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A você que chegou até aqui, um muitíssimo obrigado pela companhia, tempo, atenção e paciência. Os comentários estão abertos pra falarmos desses e vários outros filmes do Oscar que não fazem parte da lista principal mas sem dúvidas merecem atenção, como O Menino e a Garça (Hayao Miyazaki), Sociedade da Neve (J.A. Bayona), Dias Perfeitos (Wim Wenders) e Godzilla Minus One (Takashi Yamazaki) até mesmo filmes que nem mencionados na premiação foram, como O Mal Que Nos Habita (Damién Rugna).